terça-feira, 19 de agosto de 2008

13º Encontro do dia 07/08




Ortografia é a escrita correta das palavras e deve ser ensinada para que o aluno compreenda e utilize as estratégias de adequação ,na escrita, da norma. Essa norma é necessária para que a escrita tenha uma forma unificada, facilitando assim a identificação das palavras, sua compreensão e portanto, a comunicação.




Os alunos cometem muitos erros de grafia por vários motivos, entre os principais:




* acreditam que escrita é correspondente aos sons da fala, desconsiderando que muitas letras podem tem vários sons e que muitos sons podem ser representaods por letras diferentes;


* não se preocupam em pesquisar quando têm dúvidas quanto ao uso de uma ou outra letra;


* não mantém hábito de leitura que elimina muitas dúvidas recorrendo à memória visual da palavra escrita (já vista várias vezes antes);




Algumas das melhores estratégias didáticas para ensinar ortografia são:




* desafios com jogos ortográficos (cruzadinhas, caça-palavras, preencher lacunas, loteria ortográfica, forca, completar frases ou textos com determinado grupo de letras etc);


* auto ditado (que o aluno escreve as palavras olhando as gravuras);


* ditado mudo (que o professor mostra o objeto e o aluno só escreve o nome);


* exercícios dirigidos (exercícios escritos envolvendo dificuldades ortográficas);


* redações com auto correção ou código de correção (a ortografia, nesse caso, é apenas mais um item a ser observado pelo aluno ao fazer a auto correção), um ótimo exemplo disso é o projeto Olho vivo, da colega Giselle, que consiste em dar a redação para um colega marcar a lápis onde estão os erros que o autor deve observar melhor e corrigir;


* banco de palavras ( cada aluno faz uma espécie de caderninho, onde anota todas as palavras que vai descobrindo ou corrigindo ao longo do ano letivo, e consulta cada vez que precisa usar novamente alguma delas, como um dicionário ortográfico);


* código das carinhas ( o professor faz um código das carinhas alegre e triste, alegre quando o aluno escreve toda a frase corretamente e triste quando erra alguma palavra, quando aparece a carinha triste o aluno deve pesquisar qual a palavra errada e como seria escrita corretamente);


* palavra intrusa (cada aluno deve procura no grupo de apalvras qual e a intrusa e porquê, exemplo: casa, fazer, exame, sofá - a palavra é sofá porque não tem o som de "Z");


* as 'pérolas' das redações ( o professor escreve no quadro os principais erros ortográficos ocorridos nas redações da semana, sem citar os autores, é claro. Os alunos discutem e corrigem os erros sem se expôr).




Na escola é comum as pessoas acharem que o ensino de língua portuguesa como norma padrão é como o ensino de uma segunda língua, devido a discrepância entre a língua falada no cotidiano e a lígua padrão. Discordo plenamente e como professora de língua portuguesa e inglesa posso afirmar que ensinar a língua portuguesa é árduo, sim. É diferente sim, e muito. Mas depende mesmo é do preparo do professor em saber conduzir o estudo da linguagem. O problema não é ensinar ou não gramática e sim como ensinar. A gramática estuda particularidades da língua que podem ajudar o aluno a aperfeiçoar sua capacidade de comunicação, interpretação e uso da língua. É claro que o professor deve pesquisar muito para fazer um trabalho que se apóie não só nos estudos gramaticais, mas também nos estudos linguísticos. Ou seja, o professor deve se preparar muito mais para interagir com o aluno ampliando as compatências interacional e gramatical desse no contexto da sala de aula e também em quaisquer outros que ele venha participar. Ensinar língua é isso mesmo. Valorizar o que o aluno traz, mostrar a ele que toda variação é importante para a comunicação, inclusive o que a gramática descreve (que não precisa ser decorado, mas compreendido), e como se adequar a qualquer situação comunicativa que o uso da língua possa exigir.


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