sexta-feira, 21 de novembro de 2008

26º Encontro do dia 27/11

EXPO- DREP Exposição dos trabalhos realizados nas escolas de Planaltina

Que bom ver tanta gente engajada em bons trabalhos de alfabetização e leitura. A comunidade escolar de Planaltina sabe demonstrar o quanto é eficiente e tem se sforçado para desenvolver o letramento dos alunos. Fiquei encantada com os trabalhos apresentados e estou muito orgulhosa de pertencer a essa Regional de ensino. Tenho muitos colegas trabalhando por aí em todas as escolas dessa cidade. Acho bom conhecer tantos profissionais competentes e dedicados a seus alunos. Colegas que estudaram junto comigo no Magistério ou na Faculdade e que dedicam tanto carinho na realização de seu trabalho, se envolvendo de fato com a comunidade, com os alunos e sua famílias e se comprometendo a fazer o melhor possível em prol da educação. Infelizmente ainda não são todos, mas acredito no nosso poder de contagiar cada vez mais pessoas com trabalhos como esse que divulguem os resultados positivos do esforço coletivo, da criatividade e da perseverança em incentivar o aprendizado de forma prazerosa e estimulem a participação de cada vez mais profissionais em atividades como estas aqui apresentadas. Parabéns colegas!!!

25º Encontro do dia 20/11

Socialização de experiências em sala de aula
Oficina de leitura e produção de textos multimodais

Você acha possível ler um texto que não tenha palavras?
Qual a linguagem utilizada num texto sem palavras?
Qual o gênero de um texto não-verbal?
Como será um texto não-verbal?

Material Necessário

Textos multimodais – charges
Cartazes com os textos ampliados
Cópia com as charges reduzidas
Transparências com charges diversificadas
Lápis, borracha, apontador, caneta
Tesoura e cola

Público-Alvo

Crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos…
… qualquer pessoa que tenha ou não interesse pela leitura!

Operacionalização

1º Momento

Formar grupos com 04 participantes em cada
Apresentar a proposta da oficina
Mostrar os cartazes com as charges ampliadas, um de cada vez
Instigar a leitura e a produção de textos orais sobre as imagens
Compartilhar as idéias
Falar sobre os textos multimodais


2º Momento

Apresentar a proposta da confecção dos livros
Orientação sobre a transcrição de textos não-verbais para textos verbais
Oferecer o material necessário para cada grupo
Confecção do livro em origami
Ordenação e colagem das charges – as mesmas dos cartazes, mas reduzidas
Produção escrita, revisão e reescritura
Apresentação dos livros para todos os participantes da oficina


3º Momento

Intervalo e lanche
Apresentação de outras charges em transparência
Leitura e produção de textos orais sobre as mesmas


4º Momento

Apresentação e socialização dos livros produzidos para toda a comunidade escolar


Textos multimodais são produções que apresentam várias alternativas de leitura e de interpretação além da decodificação da escrita, ou seja , que têm outros modos de lermos. Alguns bons exemplos de leitura de textos multimodais são charges, histórias em quadrinhos, tirinhas de jornais ou revistas, pinturas, esculturas, grafites, músicas, slogans, mapas, hierogrifos, placas de trânsito, gráficos, outdoors... Em suma, existem multimodos de lermos o mundo que nos cerca e nossos alunos merecem perceber essas possibilidades!




24º Encontro do dia 13/11



Apreciação dos portfólios
Nossa tutora e colegas puderam apreciar os blogs durante esse encontro e trocar idéias sobre como incrementar o portfólio, como usar as ferramentas e que textos e "layouts" ficariam mais interessantes. Foi uma excelente experiência pois eu etava curiosa para conheceros trabalhos de alguns colegas que ainda não tinha visto e também saber a opinião deles a respeito do meu portfólio. A troca de saberes usando o computador ao vivo foi super importante e acho que devíamos ter feito isso mais vezes juntos, pois dessa forma ficou muito mais fácil tirar qualquer dúvida e corrigir na mesma hora, o que é bem mais eficiente do que ler nos comentários e só depois corrigir ou alterar. Acredito que não só eu, mas todos os que participaram desse encontro consideramos essa experiência muito útil para nosso aprendizado.

23º Encontro do dia 06/11

Oralidade, escrita e reflexão gramatical
Se refletirmos tudo o que temos estudado desde o início desse trabalho até então, percebemos que esse fascículo resume tudo o que pretendíamos abordar.
Ao desenvolver aspectos de oralidade e escrita, relacionando-os, abordamos várias questões como a leitura, interpretação e produção de textos, observações quanto a características de um texto, uso da linguagem e interação, o estudo dos gêneros e tipos textuais, a aplicação dos fatores de textualidade nas produções dos alunos e sua identificação nos textos lidos. Intensificamos a percepção dos fenômenos de variação e mudança linguística, principalmente na fala, mas também como podem influenciar na evolução da escrita. E por fim percebemos a importância de fazermos uma reflexão gramatical que parte da análise linguística e textual para depois abordar os aspectos gramaticais que influenciem o modo como os textos são lidos e compreendidos. Ficou mais claro também como orientar os alunos a aplicar os conhecimentos gramaticais na produção de textos mais claros, que apresentem todos os princpios de textualidade que os configurem como expressivos, atendendo ao seu principal objetivo: a comunicaçãopela linguagem.
Oralidade, escrita e reflexão gramatical são três eixos que sustentaram nossa reflexões, discussões, produções, planejamentos e troca de experiências durante todos esses meses de curso de alfabetização e linguagem. Temas que permearam todos os nossos encontros e que influenciaram nossa forma de pensar e repensar a prática pedagógica criando aulas mais dinâmicas e estimulantes, despertando o interesse tanto nosso quanto de nossos alunos para a observação de aspectos relevantes da língua que antes não dávamos tanta importãncia por desconhecê-los. Descobrimos novas abordagens para antigos temas e até novos temas para abordar. Enriquecemos nossas aulas e aguçamos nosso senso crítico e a vontade de continuar pesquisando, inovando e construindo conhecimentos.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

22º Encontro do dia 30/10

Princípios de textualidade
Coesão - palavras que se conectam permitindo a organização textual.

Coerência - encadeamento de idéias.

Intencionalidade - foco da informação.

Aceitabilidade
- aceitação por parte do leitor.

Situacionalidade - pertinência/relevância do texto ao contexto.

Informatividade - equilibrar a quantidade de informações.

Intertextualidade
- um texto constrói-se em cima do já dito.
Esse encontro resume muito do que já estudamos sobre os aspectos relevantes para trabalharmos na construção de textos com nossos alunos. Observando sempre esses elementos em seus textos e levando-os a perceberem de que forma incorporamos esse aprendizado na refacção de nossos textos e nos constituímos cidadãos letrados produtores de textos competentes no que se refere à comunicatividade.
Texto elaborado no encontro a partir da leitura de cordéis:
Resposta da muié aos homi
Vejam só que desaforo
desses homi falando d'eu
eles pensam que são tudo
mas eu sou muito mais eu
eles falam das muié
mas escutem meu conseio
é mior ficar quietinho
ou então se oiá no espelho
Tem homem pequeno ignorante
que acha que é o tal
e tem homem mole, mas grande
que só tem cara de mal
tem muito homi pançudo
precisano trabalhar
vai pro bar e bebe tudo
vai pra casa só cochilar
Mas tem homi intiligente
que sabe cuidar do que é seu
cuida dos fio e da gente
e namora igual um Romeu
é romântico e carente
que nem o marido meu.
(Flávia, Patrícia e Valmir)

21º Encontro do dia 23/10

Retrato de sala de aula _ Fábulas

Segue abaixo um exemplo de plano de aula com atividades de leitura, interpretação e reconstrução textual, usando como texto base a fábula.

Objetivos: Ler, interpretar, identificar elementos narrativos, desenvolver a noção de sequëncia lógico-temporal em narrativas, com a prática da descrição e uso de adjetivos, do tempo verbal, da pontuação e a prática da encenação e do diálogo.

Material: Professora, alunos, textos fotocopiados, exercícios mimeografados, quadro-giz, folhas de papel branco e colorido, canetas e lápis coloridos, cola e tesoura.

Procedimentos:
*leitura silenciosa
*leitura oral
*interpretação oral
*interpretação por escrito
*divisão dos grupos para elaboração do texto encenado
*elaboração do cenário, caracterização dos personagens e ambiente, elaboração do texto para encenação oralmente, confecção dos personagens com desenhos ou dobraduras em papel colorido
*transcrição do texto elaborado incluindo a caracterização do cenário e dos personagens
*apresentações dos textos criados pelos grupos e entrega dos textos escritos para apreciação.

Avaliação: interesse dos alunos na participação do trabalho em grupo e habilidade de aplicar conhecimentos sistêmicos com o objetivo de melhorar o desempenho do grupo e a qualidade do trabalho final.

A barata e o rato
Era uma dessas baratinhas brancas e nojentas, acostumadas à só imundície e ao monturo, comendo calmamente sua refeição compostoa de um pedaço de batata podre e um pedaço de tomate podre(1). Chegou junto dela um Rato transmissor de peste bubônica e lhe disse: "Comadre, ontem tive uma aventura extraordinária. Estive num lugar realmente impressionante, como você, comadre, certo jamais encontrará em toda a sua vida." Barata comendo. "O lugar era uma coisa que realmente me deixou de boca aberta" - prosseguiu o Rato - "tão espantoso e tão diferente é de tudo que tenha visto em minha vida roedora"(2). Barata comendo. "Imagina você" - prosseguiu o Rato - "que descobri o lugar por acaso. Vou indo numa das cavidades subterrâneas por onde passeio sempre entrando aqui e ali numa casa e noutra, quando, de repente, percebo uma galeria que não conheço. Meto-me nela, um pouco amedronatado por não saberonde vai dar e de repente saio numa cozinha inacreditável. o chão, limpo, que nem espelho! Os espelhos, de um brilho de cegar! As panelas, polidas como você não pode imaginar! O fogão, que nem um brinco! As paredes sem uma mancha! O teto, claro e branco como se tivesse sido acabado de pintar! Os armários, tão arrumados e cuidados que estavam até perfumados! Poeira em nenhuma parte, umidade inexistente, no chão nem um palito de fósforo..."
E foi aí que a Barata não se conteve. levou a mão á boca num espasmo e preotestou: "Que mania! Que horror! sempre vem contar essas histórias exatamente no momento em que a gente está comendo!"
Moral: Para o vírus a penicilina é uma doença.
Submoral: A ecologia é muito relativa.
(1) Causando inveja a muita gente.
(2) O rato rói. É sua sina.
(FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Editora Nórdica, 1985)
Trabalhando o texto
1- Explique o significado das palavras encontradas no texto: monturo, peste bubõnica, espasmo, penicilina, sina.
2- O que a Barata estava fazendo quando foi abordada pelo Rato?
3- Quais eram as reações da Barata cada vez que o Rato falava? Comprove com trechos do texto.
4- Qual a razão das notas ao pé do texto?
5- Como o Rato descobriu o impressionante lugar?
6- Descreva a cozinha encontrada pelo Rato.
7- Por que o espanto do Rato ao ver a cozinha?
8- Qual foi a reação final da Barata? Por quê?
9- Explique: a) a moral b) a submoral
O texto
O texto humorístico de Millôr Fernandes nos fala sobre a relatividade da vida: o que para uns é lixo, para outros é higiene, ou seja, no caso dessa fábula há uma inversão dos valores do homem.
Fábulas são narrações alegóricas que envolvem a vida de animais e apresentam uma lição de moral. Note que Millôr fernandes inova esse conceito, criando uma submoral.

20º Encontro do dia 09/10

TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE


EPÍGRAFE - escrita introdutória a outra.
CITAÇÃO - transcrição do texto alheio, marcado por aspas.
PARÁFRASE - reprodução do texto do outro com as palavras do autor.
PASTICHE - recorrência a um gênero.
TRADUÇÃO - recriação de um texto.
PARÓDIA - perverte o texto anterior, visando a ironia, ou a crítica.

Esse é um texto interessante que usa a intertextualidade como principal recurso:

Existem diferentes maneiras de contar a mesma história.

A do chapeuzinho vermelho, por exemplo, seria noticiada assim:

JORNAL NACIONAL

(William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem... '.

(Fátima Bernardes): '... Mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia'.

PROGRAMA DA HEBE

(Hebe): '... que gracinha, gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'

CIDADE ALERTA

(Datena): '... onde é que a gente vai parar... cadê as autoridades? Cadê as autoridades? ! A menina ia para a casa da avozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva...Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não. '

REVISTA VEJA

Lula sabia das intenções do lobo.

REVISTA CLÁUDIA

Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

REVISTA NOVA

Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.

FOLHA DE S. PAULO

Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seusalvador'.

Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

O ESTADO DE S. PAULO

Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.

O GLOBO

Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra salvar menor de idade carente

ZERO HORA

Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.

AQUI

Sangue e tragédia na casa da vovó!

REVISTA CARAS

(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte):

Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: 'Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa'

PLAYBOY

(Ensaio fotográfico no mês seguinte)

Veja o que só o lobo viu.

REVISTA ISTO É

Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

G MAGAZINE

(Ensaio fotográfico com lenhador):

Lenhador mostra o machado!

SUPER INTERESSANTE

Lobo mau! Mito ou verdade?

DISCOVERY CHANNEL

Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.